O impacto global na redução das emissões dos gases de efeito estufa. 

Energia é poder no contexto político e econômico do mundo. E o início do conflito entre Rússia e Ucrânia foi um claro lembrete dessa realidade. Afinal, trata-se de dois importantes exportadores de gás natural, uma das principais fontes energéticas de empresas e residências do continente Europeu.

A situação não apenas expôs uma fraqueza da Europa. Ela também se firmou como um claro chamado a nações e governos ao redor do mundo para o tema transição energética. A ordem é intensificar ações de diversificação de fontes, soluções sustentáveis e autonomia, além do uso racional e eficiente de energia.

Outro importante propulsor desse movimento é o Acordo Climático de Paris. O tratado internacional foi adotado em 2015 por mais de 190 países, durante a Conferência das Nações Unidas. 

As nações se comprometem a trabalhar juntas. O objetivo é reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Assim, elas querem controlar o aquecimento global.

Quer saber mais sobre esse assunto e como o Brasil se posiciona em relação ao tema? Então não deixe de ler esse artigo.

O que é transição energética?

A transição energética diz respeito ao processo de mudança no modelo de geração e consumo de energia. De uma maneira simplificada, é possível dizer que a ação visa agregar sustentabilidade e eficiência ao setor energético com:

• conscientização de pessoas, órgãos e organizações sobre uso consciente da energia;
• aumento da resiliência do sistema de energia de uma localidade;
• descentralização da produção e do fornecimento energético;
• aumento do uso de energias limpas e renováveis;
• redução de emissão de gases de efeito estufa; e 
• substituição de fontes fósseis.

Brasil: destaque em transição energética no cenário global

As políticas energéticas do Brasil estão bem alinhadas com os desafios mais urgentes da energia no mundo. A avaliação da International Energy Agency (IEA) comprova. O relatório aponta que, no país, as fontes renováveis atendem quase 45% da demanda de energia primária. Isso faz com que sejamos um dos países menos intensos no quesito emissão de carbono. 

O mapeamento do IEA revela que as grandes usinas hidrelétricas representam cerca de 80% da geração de eletricidade doméstica. Outro dado aponta que projetos de energia solar fotovoltaica representarão quase 70% de todas as adições nos próximos anos. O Brasil é, ainda, líder mundial em biocombustíveis de segunda geração, derivados de resíduos agrícolas, florestais e urbanos. 

O IEA lembra que, na COP26, foi anunciado o objetivo de longo prazo para alcançar emissões líquidas zero até 2050. O país também se comprometeu com a redução de 50% das emissões de carbono. Somado a isso, existe uma meta de desmatamento ilegal zero até 2030. 

4 tipos de energias renováveis muito utilizadas no Brasil

Ações sustentáveis são pilares de um planeta e uma sociedade que não querem entrar em colapso. Por essas e outras razões, o mundo caminha para a redução de combustíveis fósseis e o aumento da transição energética. 

Paralelamente, há uma pressão da sociedade para que as empresas tenham práticas alinhadas ao conceito ESG. Nesse sentido, vale destacar que acionistas e investidores têm se interessado especialmente por companhias green. É crescente, no entanto, os esforços para identificar companhias que são sustentáveis apenas na teoria. São as greenwashing.

No Brasil, as escolhas energéticas já estão sendo repensadas por empresas e governos, com especial foco em: 

1. Energia solar - existem duas maneiras de usar os raios do sol. A primeira é com painéis solares, que geram energia fotovoltaica. A segunda é o aquecimento de água e outros fluidos, chamado de energia solar térmica.
2. Energia hídrica - gerada a partir do movimento das águas de rios ou reservatórios, que faz girar turbinas ligadas a geradores que produzem eletricidade;
3. Energia eólica - neste caso, em locais com grande potencial de vento, turbinas giram em um movimento que é convertido em eletricidade; e 
4. Energia de biomassa - gerada a partir de material orgânico, como madeira, restos de alimentos e resíduos agrícolas.

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