Petróleo e gás natural: a importância desses recursos para a transição energética

Petróleo e gás natural são importantes fontes de energia primária. Em partes, devido à alta disponibilidade, elevada densidade energética e versatilidade no uso. Também conta com infraestrutura bem estabelecida para extração e produção. Somado a isso, desempenha um papel relevante na economia global ao atrair investimento e gerar empregos.

Não podemos deixar de mencionar, também, o importante protagonismo desses recursos no processo de transição energética. E é para estimar as reflexões sobre essa relevância que criamos esse artigo.

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Transição energética pede passo de evolução e não revolução

Mesmo o cenário mais ambicioso de redução dos gases de efeito estufa aponta o uso de combustíveis fósseis até o final de 2050. A previsão está em uma recente análise da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que presta serviço ao Ministério de Minas e Energia (MME). O documento cita quatro fatores que sustentam a demanda pelo O&G:

• Perenidade das atividades em indústrias e setores energo-intensivos, como petroquímica, aviação e navegação;
• Necessidade de sincronia entre a entrada de fontes alternativas e a redução do consumo de fósseis;
• Transição gradual, com o pico da demanda sendo sucedido por um gradual declínio ao longo dos anos; e
• Crescimento populacionl e econômico em países emergentes.

Para os especialistas da EPE, deixar de produzir petróleo não implicaria na redução drástica das emissões nacionais. Isso porque o consumo interno de derivados continuaria a existir. A adoção das políticas de biocombustíveis e o aumento da eletromobilidade podem fazer o que a demanda mantenha o patamar de 2,4 milnhões de barris por dia.

Para a indústria e o setor de transportes, o petróleo segue muito relevante. A queda na demanda antes de 2050 só se dará caso ocorra a priorização do transporte coletivo, ferroviário e aquaviário. Também é preciso amplo incentivo a novas fontes de energia.  

Relevância do setor de petróleo e gás natural no Brasil

Estimativas do BNDES indicam que, na última década, o setor de petróleo e gás natural foi responsável por 17% do PIB industrial brasileiro, em média. Isso faz com que ele contribua com cerca de 10% da formação bruta de capital fixo do Brasil. Os dados fazem parte do estudo da Empresa de Pesquisa Energética.

No mesmo relatório está estimado que a produção nacional desses recursos primários deva atingir cerca de 7,0 milhões de barris por dia até 2032. Isso resultará em centenas de milhares de postos de trabalho no segmento de upstream durante o período. A expectativa é que os cofres públicos recebam mais de US$ 600 bilhões em receitas.

Brasil como destaque na transição energética

O relatório da EPE destaca que o Brasil tem uma oportunidade única na transição energética. Isso se dá devido ao seu perfil diferenciado com baixas emissões de gases de efeito estufa. Também se deve à alta adesão do País a fontes renováveis e às emissões relativamente baixas na produção de petróleo, em comparação com outros países. 

Pela estimativa da EPE, atualmente, há 207 projetos de troca de matriz energética em andamento no Brasil. São iniciativas envolvendo energia solar, hidrogênio e energia eólica. Há, ainda, propostas de captura e armazenagem de carbono, além de modelagem e prevenção de impactos ambientais. Juntas, essas ações somam mais de R$ 1 bilhão.  

A previsão da EPE é que, até 2030, cerca de 84% dos investimentos previstos no Setor Energético sejam para petróleo, gás natural e biocombustíveis. Isso representa R$ 2,7 trilhões. Vale destacar que a indústria de petróleo e gás natural tem potencial de atrair para o Brasil investimentos acumulados de até R$ 7 trilhões de dólares.

Desafios econômicos diante da redução de produção de petróleo

De acordo com a EPE, o petróleo é o produto nacional com a segunda maior participação na balança comercial brasileira, considerando a pauta de exportação. O recurso, no entanto, tem potencial para se tornar o líder nos próximos anos. Dessa forma, a redução da produção desse produto resultaria em um impacto significativo na economia do País. 

A interrupção dos investimentos em E&P no Brasil pode significar perdas de arrecadação de, pelo menos, R$ 4 trilhões. Um cenário que tende a ser agravado caso haja o aumento das importações para o abastecimento do parque de refino nacional.

Os especialistas da EPE alertam, ainda, que deixar de produzir petróleo não implicaria na redução drástica das emissões nacionais. Isso porque é preciso considerar que o consumo interno de derivados continuaria a existir. Essa demanda, aliás, deve se manter crescente até 2050.

Petróleo e gás natural: um protagonista rumo à energia sustentável

No relatório da EPE está claro: o setor de petróleo e gás natural desempenha um papel importante no processo de transição energética do Brasil. Por meio dele, temos confiança no fornecimento de energia. Também contamos com profissionais qualificados e investimentos. Tudo isso torna-o essencial enquanto avançamos rumo à descarbonização.

O segredo dessa jornada está no equilíbrio. É preciso usar as fontes tradicionais de energia, baseadas em combustíveis fósseis, de maneira estratégica. Extrair recursos naturais enquanto mitiga-se danos e impactos ao meio ambiente. É vital cercar as operações com as melhores proteções em seguro e gerenciamento de riscos. 

Tudo, porém, sem perder o foco no desenvolvimento e no uso de alternativas sustentáveis que nos permitam ter um futuro mais verde. A energia do sol, dos ventos, das águas e dos materiais orgânicos estão à espera para impulsionar os motores do mundo.

A Sompo no setor de energia

Proteger construções, infraestruturas e operações do setor energético, incluindo petróleo e gás natural, também é parte do negócio da Sompo. Nossa equipe de especialistas está sempre pronta para oferecer soluções em seguros para a sua companhia. Nós atendemos seu negócio, seja para energia renovável ou não renovável.

Nos destacamos, ainda, pela qualidade no suporte de gerenciamento de riscos. Sempre lembrando que a capacidade da companhia segurada para mitigar perdas e danos tem impacto direto na subscrição dos nossos produtos.

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