Setor de Energia: desafios, oportunidades e soluções
Energia
Setor de Energia: lide com os riscos e aproveite oportunidades
Energia é a base de inúmeras atividades humanas, econômicas e industriais. Sem ela, o dia a dia da sociedade moderna se torna extremamente desafiador. A importância é tanta que países capazes de a produzir de forma autônoma têm mais independência geopolítica. O setor é, ainda, peça-chave na luta contra as mudanças climáticas.
Estima-se que o investimento global em energia atinja um recorde de USD 3,3 trilhões até o final de 2025. O dado está no relatório World Energy Investment, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). E ele nos lembra que, principalmente em contextos de altos valores investidos, gestão de riscos e proteção contra perdas e danos são essenciais.
5 grandes riscos no Setor de Energia e como o mercado tem se protegido
Os riscos em torno do setor de energia são reais. Além de serem diversos, alguns podem ser complexos. E há casos em que os perigos são interconectados. Lembrando que as infraestruturas e as operações são altamente vulneráveis a falhas internas e a situações externas, como:
1. Riscos geopolíticos e comerciais
Decisões políticas, conflitos entre países e mudanças nas relações comerciais impactam diretamente o setor de energia. E quando o cenário é incerto, seguradoras e resseguradoras adotam uma postura mais cautelosa na subscrição de riscos.
Nesse contexto, é cada vez mais comum ajustar coberturas de Business Interruption. Outra prática comum é a inclusão de cláusulas que excluem eventos geopolíticos. São formas de reduzir riscos e manter a viabilidade das operações.
2. Riscos de mercado e demanda
Com a economia instável e menor demanda global, as empresas ficam mais cautelosas e podem adiar ou cancelar projetos. Essa situação contribui para o aumento do não cumprimento de obrigações contratuais. Algumas obras podem ser paralisadas sem aviso prévio.
São situações que impulsionam a procura por coberturas específicas. Como forma de se proteger, as empresas contratam o Seguro de Delay in Start-Up (DSU). Outra proteção muito demandada é a garantia contratual, como os Performance Bonds.
3. Riscos operacionais e de infraestrutura
Especialmente no setor de óleo e gás, as atividades envolvem riscos operacionais relevantes. Há perigos tanto na fase de exploração, quanto de produção, refino, transporte e distribuição. Os prejuízos financeiros podem ser extremos. Mas também há risco de danos à reputação, ao meio ambiente e a pessoas.
Nesse cenário difícil e sensível, as coberturas devem ser abrangentes. Um exemplo é o seguro Control of Well que cobre custos com vazamentos ou explosões. Outro é o Physical Damage, que cobre danos à infraestrutura e equipamentos. Tem, ainda, a Third Party Liability, para responsabilidade civil por danos causados a terceiros.
4. Riscos climáticos e ambientais
Em ambientes onshore e offshore, eventos climáticos extremos são uma constante ameaça à operação, infraestrutura e segurança de pessoas. Aliás, nos últimos anos, os sinistros notificados aumentaram tanto em frequência quanto em severidade.
Outro ponto a observar é o aumento da pressão de sociedade, organizações e governos pela adoção de boas práticas ESG. Isso tem exigido das empresas adaptação operacional e regulatória. Nesse contexto, cresce a valorização de cláusulas e coberturas de responsabilidade civil relacionadas à poluição súbita.
5. Riscos de investimento e financiamento
Projetos de óleo e gás costumam exigir muito investimento em um curto espaço de tempo. O problema é que o retorno do valor investido pode demorar bastante. Por isso é importante que o planejamento da iniciativa considere ações estruturadas de Gestão de Riscos.
Isso permite que as ações sejam concluídas mesmo diante de contratempos. E mais: são executadas com mitigação de perdas e danos. E convém lembrar que os perigos podem ser ambientais, financeiros, reputacionais, técnicos e regulatórios.
Transição energética: um movimento que também demanda proteção
A transição energética é um desafio urgente que não pode ser ignorado. E deve-se observar que os movimentos de mudança para fontes de energia limpa são essenciais para um mundo mais resiliente. A medida é, ainda, uma prioridade estratégica para organizações que buscam alinhamento com as diretrizes do conceito ESG.
A boa notícia é que, segundo o International Energy Agency (IEA), quase 45% da energia no Brasil vem de fontes renováveis. Isso quer dizer que temos emitido menos carbono, na comparação com muitos outros países. No entanto, por trás dos benefícios de cada energia limpa existem riscos:
Hidrelétrica
Podem ser responsáveis pela inundação de grandes áreas, afetando ecossistemas e a biodiversidade. E quando sua construção demanda alterações nos cursos dos rios, tende a afetar a fauna e a ecologia. As barragens são vulneráveis a rompimento. Isso sem falar na dependência das chuvas para operar.
Solar
Em razão da exposição ao sol, equipamentos e infraestruturas exigem vistoria e manutenção constante. Depende de materiais críticos para operar, como o silício. Tem desempenho reduzido em dias nublados ou chuvosos. Uma situação que pode resultar no fornecimento irregular de energia.
Eólica
Turbinas podem ser danificadas caso sejam expostas a ventos muito fortes. Quando esse gerador está mal posicionado, suas hélices podem causar a morte de aves. E, nesses casos, a estrutura do equipamento fica comprometida. Além disso, como depende do clima, a constância do fornecimento de energia pode variar.
Biomassa
Demanda gestão adequada dos resíduos orgânicos. Do contrário, incêndios e explosões podem ocorrer no armazenamento, manuseio ou processamento desses materiais. É importante encontrar formas de reduzir a emissão de gases poluentes. Além disso, fornos e sistemas de gás são vulneráveis a danos.
Estratégias para reduzir os riscos na transição energética
É possível mitigar os riscos associados aos processos de transição energética para fontes de energia limpa. Nessa jornada, as organizações devem adotar uma Gestão de Riscos integrada. Um projeto que inclua:
- Avaliar os riscos ambientais - Identificar e avaliar os impactos ambientais das fontes de energia, considerando a variação climática e os riscos associados;
- Planejar situações de crise - Desenvolver planos de contingência para eventos climáticos extremos e interrupções no fornecimento de energia;
- Informar e envolver as partes interessadas - Estimular a colaboração entre Governos, comunidades e organizações em favor da energia limpa;
- Monitorar e atualizar as informações do projeto - Implementar sistemas que mapeiem as condições climáticas e o desempenho das fontes de energia.
Seguro: um pilar estratégico para o Setor de Energia
Mais do que uma exigência contratual, o seguro é um componente essencial da resiliência corporativa. Afinal, ele oferece apoio financeiro a uma empresa em caso de imprevistos. Também garante que a companhia continue funcionando mesmo diante de sinistros. Viabiliza, ainda, que ela se recupere rapidamente de perdas e danos.
É importante destacar, porém, que projetos que não seguem as práticas ESG tendem a pagar seguros mais caros. Algumas coberturas também podem ser excluídas. Dessa forma, a recomendação é que a empresa opere de maneira responsável. Isso tanto com relação ao meio ambiente quanto à sociedade e à governança corporativa.
Globalmente, o setor de energia está em plena transformação. Aqui na Sompo, temos acompanhado esses movimentos de maneira próxima e atenta. O que faz com que nossos especialistas sejam os profissionais certos para indicar a melhor proteção para cada movimento do seu negócio.
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