O custo do capital está extremamente alto, principalmente considerando o nível da taxa Selic. Uma organização que se descapitaliza fazendo garantia com recursos próprios pode acabar tendo o patrimônio comprometido ou precisando recorrer a financiamentos com juros elevados. O que não é nada saudável no curto, médio ou longo prazo.

Nesse contexto, o Seguro Garantia é uma alternativa estratégica. Funciona como uma linha de crédito em que a seguradora assume o risco financeiro. Não para isentar pessoas e empresas de suas obrigações. É um recurso para que a companhia garanta sua intenção de cumprir obrigações financeiras sem precisar paralisar o próprio capital.

Toda organização que produz, constrói, presta serviço, paga impostos e/ou tem funcionários precisa conhecer essa cobertura. Se esse é o caso da sua companhia, não deixe de ler esse artigo.

Mercado do seguro garantia segue em expansão

O mercado do seguro garantia deve crescer 12,1% em 2026, segundo a CNSeg. A entidade acredita que esse crescimento será impulsionado pelo aumento na demanda por Garantia Judicial. Algo que deve acontecer pelos seguintes motivos:

• expectativa de redução no número de processos do Carf, prevista para ser concluída até 2026;
• entrada em vigor da nova Lei de Seguros;
• avanço da reforma tributária; e
• investimento de R$ 1,7 trilhão previsto no Programa de Aceleração do Crescimento até 2027.

Seguro Garantia: diferentes categorias para desafios distintos

Aqui na Sompo, essa cobertura conta com modalidades específicas para os setores público e privado. Porém, é importante mencionar que, de uma maneira geral, a proteção que oferecemos divide-se em duas categorias principais:

• Seguro Garantia Executantes - voltado ao cumprimento de obrigações contratuais: e
• Seguro Garantia Judicial - que pode ser apresentado em processos cíveis, fiscais e trabalhistas.

Esse seguro pode ser utilizado quando a organização precisa garantir ao juiz que cumprirá com sua obrigação em caso de condenação. Também pode substituir um recurso financeiro que esteja bloqueado em uma ação judicial em andamento. Há, ainda, quem o apresente em processos de licitação ou na assinatura de contratos.

Por que o Seguro Garantia ajuda na conclusão de obras públicas?

O Seguro Garantia é essencial em contratos públicos, como os relacionados a obras do Governo. Ele funciona como uma rede de segurança: se a empresa contratada não cumprir o que está no contrato, a seguradora assume o risco. Isso garante tranquilidade financeira e operacional para o Governo.

Entre os principais benefícios dessa dinâmica estão:

• menos exigência de recursos próprios - os predadores de serviço não precisam oferecer dinheiro ou bens próprios como garantia;
• mais concorrência e qualidade do serviço - o seguro facilita que mais empresas participem das licitações;
• redução de atrasos - evita paralisações ao garantir que a obra continue mesmo se houver problemas; e
• cumprimento de prazos - aumenta a chance de que as obras sejam concluídas conforme o planejamento.

Comparativo entre três garantias muito utilizadas

O Seguro Garantia é uma forma eficiente e estratégica de honrar com o cumprimento de obrigações, protegendo o fluxo físico-financeiro da empresa. Entretanto, algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre as vantagens dessa cobertura. Por isso, compartilhamos algumas informações sobre garantias muito utilizadas. Leia, compare e reflita.

Seguro Garantia

Requer análise de crédito e cadastro prévio, mas seu custo é mais baixo, na comparação com outras garantias. Graças a ele, a empresa pode manter seu fluxo de caixa e limite de crédito bancário. A contratação é relativamente rápida. E a recomendação é que seja feita por meio de uma seguradora com amplo conhecimento em seguros corporativos.

Fiança Bancária

É amplamente aceita pelo mercado, mas os custos são altos. O processo de aprovação do crédito costuma ser demorado. Em alguns casos, pode ser necessário apresentar bens como garantia ao banco. O limite de crédito bancário da empresa ficará comprometido durante o processo.

Depósito caução

É a forma mais simples e rápida de oferecer garantia, pois não depende de terceiros. Contudo é uma opção que impacta negativamente o fluxo de caixa da organização. 

Isso porque o valor depositado não poderá ser utilizado até o fim do processo. Ou seja, paralisa parte do capital da companhia. Algo que pode gerar perda de oportunidade de negócio.

Por que o seguro garantia é a melhor opção?

As empresas podem escolher participar de licitações ou assinar um contrato. Elas também podem precisar responder a um processo judicial. Nos três casos, é possível que seja necessário comprovar que tem condições de cumprir suas obrigações. Os caminhos mais tradicionais para isso são o seguro garantia, depósito caução ou a fiança bancária.

No entanto, tanto a fiança bancária quanto o depósito dificultam o acesso da empresa ao crédito ou ao próprio dinheiro. Se a ação não for bem planejada, há chances de comprometer o fluxo de caixa da organização. Com isso, o pagamento de fornecedores, colaboradores, tributos e despesas fixas pode ser comprometido. 

Por outro lado, a empresa que conta com o Seguro Garantia mantém seu patrimônio e limite de crédito livres. Isso é possível porque a seguradora se apresenta como cumpridora da obrigação financeira. E, caso tenha mesmo que fazer isso, cobra a empresa posteriormente. Afinal, a cobertura apoia a companhia, sem isentá-la de suas obrigações.

Quais são as partes envolvidas na contratação do Seguro Garantia

O Seguro Garantia pode ser contratado por empresas dos diferentes portes e segmentos. Não há restrições. E é relevante observar que a cobertura é bastante específica, demandando atenção às cláusulas da apólice. Também é fundamental entender quem são as partes envolvidas nesse contrato.

Diferentemente dos seguros mais tradicionais, neste caso, “segurado” não é quem contrata o seguro, por exemplo. Isso é algo que costuma gerar entendimento equivocado. Por isso, a seguir, explicamos quem é quem nessa negociação: 

• Seguradora - É a empresa que garante a obrigação do Tomadorque frente um contrato ou processo judicial e a garantidora dos riscos assumidos na apólice.
• Tomador - É a companhia que contrata o seguro da seguradora. É o devedor da obrigação estabelecida, seja ela judicial ou contratual.
• Segurado - É o credor da obrigação garantida. Isso quer dizer, quem recebe o valor indenizado pela Seguradora caso de caracterização de sinistro.
• Corretor de seguros - É o profissional que intermedia as negociações entre a seguradora e o tomador. O ideal é que seja uma pessoa capacitada em seguros corporativos para oferecer os melhores produtos e as coberturas mais adequadas.

Antecipe-se: fale com a Sompo antes de precisar do seguro

Fazer um cadastro prévio na seguradora é uma forma de minimizar burocracias no momento em que sua empresa precisar do seguro. Esse processo antecipado envolve a análise do perfil, de documentações e da capacidade financeira da companhia. E com essa etapa do processo superada, a tendencia é que o fluxo siga com mais rapidez, quando for necessário.

Como você pode perceber, o Seguro Garantia não existe simplesmente para garantir uma obrigação contratual ou financeira. É um recurso para aprimorar a gestão do negócio.

Fale com um dos nossos corretores parceiros e entre em contato com nossa equipe de especialistas. Vamos te mostrar como isso é possível e de que forma estamos preparados para proteger cada movimento do seu negócio.