Inteligência de negócios aplicada à análise de sinistros
Gestão de Riscos
Inteligência de negócios na prática: lições que aprendemos com a análise de sinistros
Inteligência de negócios é um tema que está no centro das estratégias empresariais. Essa realidade tem sido impulsionada pela necessidade das companhias em tomar decisões rápidas e certeiras para manter a competitividade. Nelas, entende-se que dados não são apenas números ou informações para se armazenar em sistemas ou relatórios.
As empresas mais maduras sabem que a tecnologia adequada, uma equipe preparada e a iniciativa certa são fatores para uma jornada mais previsível. Algo que é possível de se alcançar mesmo em contextos mais dinâmicos e desafiadores como o da análise de sinitros. E é sobre isso que vamos falar nesse artigo.
O que é inteligência de negócios?
Inteligência de negócios ou Business Intelligence (BI) é o uso de dados para ajudar as empresas a tomarem as melhores decisões. Algo que envolve certa coleta, organização, análise e transformação de informações. Uma dinâmica que deve ser estruturada com métodos, estratégias, processos e tecnologias.
Por meio da BI, é possível entender melhor a operação. Um caminho para:
- criar, melhorar ou personalizar produtos e serviços;
- antecipar tendências, riscos e demandas;
- identificar dificuldades operacionais;
- tomar decisões mais certeiras;
- reduzir custos e desperdícios;
- aumentar a produtividade;
- otimizar processos.
Dados como ativos valiosos
É possível dizer que dado é a matéria-prima de uma informação. São nomes, números, datas, valores, locais e observações. Podem ser comportamentos, eventos, grau de exposição a um risco, histórico de vendas ou tempo médio de atendimento. Isso para citar apenas alguns dos muitos exemplos.
Como ouro bruto, dados têm mais valor quando lapidados. Muitas vezes, isolados e sem contexto, eles representam pouco para a empresa. No entanto, ao serem processados e interpretados, tornam-se extremamente estratégicos. Daí vem a importância da inteligência de negócios.
Segundo um estudo da McKinsey divulgado pela Forbes, organizações orientadas por dados têm vantagens competitivas importantes. A pesquisa indica que essas companhias têm 23 vezes mais chances de conquistar clientes. Também são seis vezes mais propensas a manter esse público. Nelas, a lucratividade é 19 vezes mais provável.
Alguns exemplos do uso de dados como estratégico de negócio
As empresas de maior destaque no Brasil e no mundo já incluíram a business intelligence em suas estratégias de negócio. Fazem isso para inovar, aumentar a receita, melhorar a eficiência ou fidelizar clientes. Veja alguns exemplos:
- empresas do varejo que mapeiam e analisam o histórico de compras e as buscas dos clientes para recomendar produtos ou serviços personalizados;
- aplicativo de navegação que sugere os melhores trajetos com base em tráfego, horário, localização e padrões de viagem;
- instituição finaneira que cruza dados internos e externos para identificar possíveis tentativas de fraude.
O que é a análise de sinistros?
Análise de sinistros é uma avaliação detalhada de um pedido de indenização feito pelo segurado. É o momento em que se mapeia perdas e danos. A ação, no entanto, não se limita a avaliar o contexto do evento. Demanda também investigar e interpretar as informações coletadas.
É após esse processo que a seguradora decide se deve indenizar o cliente. Define, ainda, o valor desse ressarcimento. Companhias com atendimento consultivo finalizam a ação com orientações para mitigar novas adversidades. Ou seja, é um apoio para decisões técnicas, financeiras e estratégicas.
5 etapas da análise de sinistros
A análise de sinistros bem estruturada é fundamental para verificar a veracidade da ocorrência. Também é importante para calcular o valor a ser pago e evitar fraudes. Trata-se de um processo composto, no mínimo, por cinco etapas:
- Verificação de cobertura - para avaliar se a apólice de seguro prevê indenização para o sinistro em questão;
- Avaliação de documentos - são boletins de ocorrência, notas fiscais, laudos, fotos e vídeos;
- Vistoria ou perícia - a depender do tipo de seguro e de sinistro, bem como de particularidades da ocorrência
- Cálculo de valores - pois, em caso de cobertura, a seguradora precisa avaliar o valor da indenização;
- Mapeamento de estatísticas e padrões - importante para estabelecer ações que mitiguem novas adversidades.
Soluções de tecnolofias que otimizam processos na seguradora
A adoção de recursos tecnológicos é fundamental para otimizar a rotina de profissionais e empresas. Além disso, é uma via para melhorar a experiência do cliente e garantir competitividade. No universo das seguradoras, cinco tecnologias têm se destacado:
- Automação Robótica de Processos (RPA) - executa tarefas repetitivas como validação de documentos e atualização de sistemas;
- Inteligência artificial e machine learning - automatiza a análise de documentos, reconhece padrões e toma decisões simples;
- Chatbots ou assistentes virtuais - resolve questões simples dos segurados, reduzindo a carga da central de atendimento;
- Análise de fotos e vídeos - avaliação automática de perdas e danos, evitando o deslocamento físico de peritos; e
- Business Intelligence - Consolida e analisa um grande volume de dados, gerando relatórios e dashboards.
Vale destacar que, em geral, iniciativas digitais garantem maior controle sobre os processos internos. Somado a isso, elas podem ser aliadas importantes em processos de auditoria. Em alguns casos, contribuem para o alinhamento da empresa às normas regulatórias. E, dessa forma, protege a companhia de riscos legais ou reputacionais.
Como a inteligência de negócios apoia a análise de sinistros
Toda análise de sinistros gera uma grande quantidade de dados quantitativos e qualitativos. São informações que vão muito além do simples registro de eventos. Não se limitam a recomendar o que, como e quanto indenizar. Elas oferecem uma visão clara sobre padrões e tendências de comportamentos, operações e riscos.
Com o apoio da inteligência de negócios, esses dados são organizados, interpretados e transformados em informações úteis. São indicadores que guiam os especialistas da Sompo em diferentes iniciativas:
- Gerenciamento de Riscos - um processo cuidadoso e contínuo. Ele envolve sugerir e implementar ações para reduzir perdas e danos para o cliente.
- Reuniões com clientes e corretores - para que juntos possam ampliar as reflexões sobre o cenário atual de risco e os cenários futuros;
- Criação ou melhoria de produtos e serviços - o risco é um fator estratégico para inovar e personalizar soluções de seguro.
- Prevenção de fraudes - considerando múltiplas variáveis, é possível identificar cenários fora do padrão, reincidências ou inconsistências nos sinistros;
- Otimização de processos - pois, com dados mensuráveis, a seguradora pode ter processos ágeis, eficientes e estratégicos;
- Atendimento personalizado ao cliente - já que, com dados, é possível classificar os segurados também por seu comportamento e perfil de risco.
Benefícios da inteligência de negócios a seguradoras, clientes e corretores
A inteligência de negócios tem potencial para alinhar os interesses da seguradora com os dos seus segurados e dos seus corretores parceiros. Isso é possível ao transformar dados brutos em informações estratégicas. Um fluxo que considera a análise e o cruzamento de indicadores. Dessa forma, todos se beneficiam em diferentes fatores:
- Seguradora - redução da sinistralidade, gerenciamento de riscos mais eficaz, estratégias comerciais mais eficientes e inovação de produtos e serviços
- Corretores - eles resolvem problemas com agilidade. Também fazem uma gestão estratégica da carteira. Isso aumenta a capacidade de personalizar o atendimento e as ofertas.
- Proteção das informações - a Lei Geral de Proteção de Dados exige que haja governança no uso de dados de terceiros. É importante proteger essas informações.
- Segurados - produtos mais adequados ao seu perfil e realidade, transparência e clareza na comunicação com a seguradora e melhora na experiência de seguro
Desafios na aplicação de inteligência de negócios em uma empresa
Não há dúvidas de que a inteligência de negócios agrega muitos benefícios para uma organização. No entanto, é preciso considerar que o uso de dados demanda atenção. Isso, não apenas por parte de uma seguradora. O alerta é para companhias de diferentes portes e segmentos que detêm dados de terceiros.
São desafios que podem impactar a qualidade da coleta, organização, análise e transformação dos dados. Porém, ingressar nessa nova Era é necessário. E, por essa razão, listamos a seguir alguns pontos críticos que merecem atenção:
- qualidade e integridade dos dados - é preciso garantir que os dados sejam completos, corretos, únicos, atualizados e verdadeiros;
- barreiras culturais e organizacionais - em algumas empresas ainda persiste a crença de que “achismo” ou “feeling” são bons conselheiros;
- custo de implementação - soluções de business intelligence exigem investimento em tecnologia, infraestrutura, licenças e treinamentos;
- proteção das informações - a Lei Geral de Proteção de Dados exige que haja governança no uso de dados de terceiros. É importante proteger essas informações.
O papel do corretor na Era da Business Intelligence
Com dados e insights preciosos, corretores de seguros abandonam de vez o papel de simples intermediários entre segurado e seguradora. Dessa forma, têm a oportunidade de se firmar como consultores estratégicos. Isso quer dizer ter mais capacidade para oferecer produtos e serviços sob medida aos clientes.
A inteligência de negócios também oferece mais controle e transparência sobre a carteira dos clientes. Isso é possível graças à possibilidade do acompanhamento em tempo real da formalização de apólices. Também oferece maior visibilidade para o acompanhamento de sinistros e renovações.
O presente e o futuro são das empresas que dominam as próprias informações e utilizam esses dados com inteligência. Quem ignora essa realidade corre o risco de perder oportunidades diariamente.
A sua empresa já está alinhada a esse novo momento? Nós da Sompo temos muitos exemplos para mostrar como a inteligência de negócios nos ajuda a proteger as suas operações. Vamos conversar? Fale com um de nossos especialistas!
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